Estamos vivendo um momento mundial de grandes transformações, e talvez nunca antes na história da humanidade, se tenha vivido tantas grandes transformações ao mesmo tempo. Entenda-se como “grandes transformações”, movimentos que quebram com velhos paradigmas. São ações que tem como essência a máxima do Joseph Schumpeter, economista austriaco, que alcunhou a célebre frase “destruição criativa”, ou seja, novas maneiras de perceber, sentir, realizar e concluir as mesmas coisas do passado.
Estas transformações tem sido alimentadas por movimentos fortes, alguns novos, outros até já conhecidos, mas que são turbinados com os movimentos novos. O movimento mais antigo que integra esta nova visão é o da globalzação, que teve início na realidade com a época colonizadora dos séculos XVII e XVIII, e que foi se transformando ao longo do tempo, com a própria evolução do ser humano somado aos avanços tecnológicos, até chegar o momento atual, onde a velocidade de inovação deu outro impulso.
Para se entender um pouco a dimensão do impacto da velocidade da inovação tecnológica, a rádio, depois que foi lançada comercialmente, levou mais de 50 anos para atingir 50 milhões de usuários, a televisão levou 17 anos e enquanto a internet levou apenas 1 ano.
Em seu último livro ‘O mundo é plano: uma breve história do século XXI’, o colunista do New York Times, Thomas Friedman, constrói um verdadeiro mosaico com vistas para o futuro, montado com fotografias de momentos históricos da vida moderna, os quais muitos de nós, fomos testemunhas oculares, mas que provavelmente não tínhamos conseguido enxergar o mosaico que Friedman, com muita competência, descreve ao longo da sua narrativa.
Este é um livro que verdadeiramente abre os olhos de qualquer pessoa que tem preocupação com a sua evolução no futuro. Globalização + Internet + Aumento exponencial da capacidade de infra-estrutura computacional, se tornou no combustível principal na criação de valor e dos produtos do futuro. Portanto, qualquer um que deseja sobreviver neste novo mundo que estamos construíndo e participando, precisa entender como que agora vivemos num mundo plano.
Um das principais consequências desta nova realidade, é que ao mesmo tempo que o mundo ficou plano, ele também está achatando o nosso quintal. Pois agora, não é somente o nosso quintal que tem vistas para qualquer janela mundial, e pode estar em qualquer lugar, agora, qualquer lugar pode também ocupar o nosso quintal, ou seja, se não estivermos na mesma nova sintonia global da “janela mundial”, alguém de fora sintonizado irá fincar a sua bandeira no nosso quintal.
A essência dos ativos agora reside na informação e na capacidade e velocidade de transformá-la em conhecimento. Com a internet, todos tem acesso as informações cada vez mais disponíveis na rede, portanto, criando uma inversão na propriedade das ferramentas de produção. Agora elas também podem estar com o consumidor.
Isto é uma realidade mais presente no setor de tecnologia da informação, onde através de inovações tecnológicas e novos modelos de negócios, equipes multi-disciplinares, espalhadas em diversos pontos do planeta, podem ofercer um mesmo serviço, de forma melhor e mais custo eficiente, do que alguém que é vizinho.
Como exemplo cito um portal: “Offshorexperts.com”, que oferece serviços de Business Process Outsourcing, Programação, Web Design até Serviços de Aconselhamento Jurídico e Contábil. Na realidade são mais de 250 serviços diferentes oferecidos por mais de 50,000 experts em mais de 150 paises. Quer um mundo mais chato que este ? aonde que se pode ter um quintal com tantas janelas para tantos lugares ?
No final, a mensagem é clara, no mundo atual globalizado e plano, destruidor e inovador, interconnectado e 24 X 7, quem não estiver neste barco e navegando os diversos mares, vai acabar naufragando no porto do seu próprio quintal.
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